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Aumento do Imposto de Importação de Resinas

O recente aumento da alíquota do imposto de importação de resinas termoplásticas para até 20% promete trazer mudanças significativas para a indústria brasileira. A medida, publicada no Diário Oficial, terá vigência até 2025 e afeta diretamente o custo de insumos essenciais para diversas cadeias produtivas, com impactos que vão muito além do setor petroquímico.


Como essa medida afeta a produção?

Com o aumento do imposto, as resinas termoplásticas importadas — matéria-prima essencial para a indústria de transformação — se tornam mais caras. Isso significa:


  • • Aumento nos custos de produção: Empresas que dependem dessas resinas enfrentam maior pressão financeira, especialmente pequenas e médias empresas.
  • • Repasse ao consumidor final: O impacto nos custos tende a ser refletido nos preços dos produtos finais, reduzindo o poder de compra e afetando a competitividade no mercado.
  • • Desafios para a inovação: Com custos elevados, empresas podem reduzir investimentos em pesquisa e desenvolvimento, prejudicando a modernização de produtos e processos.


Competitividade em risco

O Brasil já enfrenta desafios de competitividade frente a players globais, como a China, que exporta produtos transformados a preços muito baixos. O aumento da alíquota protege as resinas nacionais, mas não aborda a competição de produtos acabados estrangeiros, que podem ocupar ainda mais espaço no mercado local.


A medida pode desestimular a indústria de transformação brasileira, que emprega 8 milhões de pessoas, em contraste com os 300 mil empregos protegidos na indústria petroquímica. Para muitas empresas, especialmente as que competem no mercado internacional, a perda de competitividade pode significar redução de participação de mercado e até fechamento de operações.


Reflexões sobre o futuro da indústria

Por que petroquímicas estrangeiras conseguem ser mais competitivas mesmo com custos de logística e câmbio? O Brasil enfrenta problemas estruturais que vão além das tarifas:


  • • Custos produtivos elevados
  • • Falta de incentivos à inovação
  • • Estruturas políticas que favorecem apenas partes da cadeia produtiva


A Europa, por exemplo, já não compete na produção de matérias-primas, mas aposta na agregação de valor em etapas mais avançadas da cadeia produtiva. Esse modelo poderia inspirar o Brasil a repensar suas políticas industriais.


O que precisa mudar?

Para a indústria nacional prosperar, é necessário mais do que medidas protecionistas. Precisamos de políticas que incentivem eficiência, inovação e modernização ao longo de toda a cadeia produtiva. Investir em competitividade, tanto em escala nacional quanto internacional, é fundamental para garantir que o Brasil não perca espaço no mercado global.


Conclusão

O aumento da alíquota do imposto de importação de resinas termoplásticas é mais um reflexo de um sistema que precisa ser reavaliado. Se, por um lado, a medida busca proteger empregos e a produção nacional, por outro, ela pode limitar o crescimento e a competitividade de setores estratégicos.


É hora de discutir com assertividade e buscar soluções que equilibrem proteção, inovação e desenvolvimento. Afinal, o futuro da indústria brasileira depende de escolhas bem fundamentadas e de uma visão integrada de longo prazo.

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